terça-feira, 7 de janeiro de 2014

RESENHA: Nascida à Meia-Noite



A história é sobre Kylie Galen, uma garota com os pais se divorciando, a avó morta e que pode ver fantasmas. Na verdade, é um só, mas todos no livro dizem mais de um, então vou colocar nesses termos. Depois de ir para uma festa, e ser encontrada pela polícia no meio de jovens bêbados e drogados com um copo de bebida intacto na mão, ela é levada para a delegacia.

Depois desse incidente, sua mãe - a quem Kylie apelida de Rainha do Gelo - a manda para um acampamento de verão (só eu lembrei do Acampamento Meio-Sangue?) para jovens problemáticos. Já quando entra no ônibus que a levará para o Acampamento Shadow Falls, - o nome do bendito - Kylie percebe que está me tida em uma grande confusão. Seus colegas de "excursão" tem tatuagens à beça, piercings e cabelos pra lá de coloridos. Alguns, no começo, tentam se aproximar dela, mas Kylie está praticamente assustada com a tamanha diferença entre eles e ela, então se mantém distante.


Quando chega no acampamento, todos olham estranho para ela. Não olham do tipo "um olhar rápido", mas sim encaram abertamente, como se ela fosse uma aberração. E quando os novatos, assim como Kylie, são levados para o escritório da líder, Holiday, vem o maior choque de todos. Eles não são só humanos. São sobrenaturais.


E, para alguém que é perfeitamente normal, apesar de ver um fantasma, Kylie não aceita isso. Pois, além de não conseguir se encaixar em nenhum dos tipos de sobrenatural, ela não pode ler os padrões das mente dos outros, como todo sobrenatural é capaz de fazer. E ninguém consegue ler o dela.


No total, Nascida à Meia-Noite, é um livro YA bem clichê - sobrenaturais, triângulo amoroso, relação difícil com os pais... Mas não é ruim, não! Eu pensava em algo diferente do que encontrei, mas não é decepcionante. Ele é mais leve, não chick-lit, mas também não é assustador. Embora no início, Kylie ache que seja muuuito assustador.


Bem, Kylie, no começo do livro, se mostra muito medrosinha e agindo como se todos os seus colegas sobrenaturais fossem aberrações. Exceto pelo fato que ela vê fantasmas! Essa foi uma atitude muito infantil dela, mas por sorte não durou muito. Kylie vai evoluindo ao passar do livro, mudando suas opiniões da própria vida e as primeiras impressões do Acampamento.


Logo no início, ela faz amizade com um bruxa, Miranda, e uma vampira, Della. Posso dizer que simpatizei com as duas ao mesmo tempo. Miranda é alegre e engraçada, enquanto Della mantém mais a pose de fria e distante, mas consegue ser muito solidária também. Elas ajudam Kylie a se adaptar, brigam entre si e são melhores amigas.


Lucas e Derek, os pretendentes de Kylie, são quase tão indecifráveis quanto ela. Lucas, um lobisomem, faz o tipo misterioso e não se aproxima muito de Kylie, porém dá muitos indícios de que gosta dela. Derek, um fae, assume sua paixão logo no começo, mas ela não tem certeza se gosta mesmo dele ou se sente atraída pelo fato de ele ser parecido com seu ex-namorado, Trey (que, a propósito, aparece mais vezes neste livro do que eu gostaria).


Em geral, eu gostei bastante. Nascida à Meia-Noite caminha pela trilha das autodescobertas, onde devemos aceitar todas as hipóteses e depois decidir qual é a verdadeira. Também agrada o modo mais diferente dos sobrenaturais aqui - cada um tem um dom diferente, mesmo sendo fada, lobo, bruxa ou morcego. Achei a capa bem legal, misteriosa (mesmo com aquela árvore esquisita ali), e dou os parabéns à editora: em todo o livro, encontrei apenas um erro de gramática. Não é um dos meus favoritos, mas eu adorei do mesmo jeito.

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